sábado, 24 de outubro de 2009

Marco Tecilla fala dos primórdios do Movimento dos Focolares



Marco conta que, nos primeiros tempos, quando a cidade de Trento tinha ainda 40 mil habitantes, Chiara Lubich a dividiu em 5 partes, de acordo com as paróquias. A Marco foi confiada a parte de "Cristo Rei", na qual ele não conhecia ninguém. Quando ele saía do trabalho, ia para essa comunidade, procurando querer bem a todos e rezando por eles. Com algumas dessas pessoas formou o primeiro focolare masculino, onde cada um tinha uma função:

Chiara lembrava a todos as 500 pessoas de nossa comunidade que deveríamos resolver os problemas sociais da cidade - não bastavam ajudas pontuais, diante da miséria daquela época pós-guerra. Por outro lado, sabíamos que, mesmo a cidade sendo pequena, não chegaríamos a todos. Assim, nossa ação concreta neste sentido foi colocar em comum uma parte de nossos salários e de nossos bens, que eram fruto de nosso verdadeiro amor recíproco.

Chiara dizia que, se queríamos realmente viver uma vida autêntica, deveríamos trabalhar e doar, todos os meses, parte de nossos bens e salários para resolver efetivamente as necessidades da comunidade. Por exemplo: alguém ganhava algumas moedas por cuidar da bicicleta de outra pessoa e depois colocava algumas delas em comum, outra que dava aulas particulares, fazia a mesma coisa. Assim, no final de um certo período, 30 famílias eram ajudadas - quando o problema delas era finalmente resolvido, e elas se equilibravam encontrando trabalho, também podiam ajudar outras pessoas.

Na época, dois jovens comunistas perguntaram a Chiara como nós conseguíamos fazer tudo aquilo e ela mostrou a imagem de Jesus abandonado na cruz, dizendo: somos pequenos, pobres e poucos, mas vamos ver o que o futuro nos reserva - ainda não existia a idéia de fundar um movimento.

E resolvíamos os problemas sociais assim, começando pelo "pouco". Hoje, a Economia de Comunhão é uma grande resposta aos problemas sociais do mundo.

Agora vocês verão uma mensagem de Chiara de 1970 aos adolescentes do Movimento dos Focolares, narrando com algumas explicações o texto dela mesma: "Uma cidade não basta".

Nessa mensagem, Chiara recorda como morreu um jovem espanhol do Movimento, Juan Carlos: ele viu que Deus o chamava e pediu um beijo à sua irmãzinha, dizendo a ela que estava partindo para o Paraíso.

Uma coisa que quero salientar é que, nessa época eu morava no Brasil, e percebi que esse texto está inserido nos sete aspectos ou sete Mundos de Humanidade Nova.

Espero que, com esse texto, possamos descobrir, em nosso interior, uma forma de renovar nossas cidades.

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