sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Inculturação - depoimento de uma africana


Por outro lado, estamos sempre pensando em nosso povo africano, e com aqueles que colocaram tudo de lado, agora podemos fazer algumas coisas, com Jesus em nosso meio, com Humanidade Nova. Porém, são tantos problemas que não sentimos que deveríamos nos encontrar por mundos. Tentamos trabalhar pelo Projeto Cidade uma vez por semana, tomando como base a carta de Emmaus e o escrito de Chiara “Uma cidade não basta”. Em Duala, que se tornou uma cidade tão dispersa, precisamos de uma ação perene, que permaneça. Pensamos então em formar uma associação para as famílias, onde elas possam colocar suas necessidades em comum; queremos que tenha mais o timbre local. E ali, quando tínhamos que decidir alguma coisa, procedemos como no mundo, decidimos por voto secreto, não basta dizer que nos amamos. Vimos que havia pessoas que nunca tinham votado. Foi uma emoção de cada um. Alguns diziam que nunca tinha exercido sua vida civil.

Existia um centro das moças onde os voluntários foram ajudar a fazer funcionar. Tivemos também uma questão com os moto-táxis, que queriam fazer uma greve, mas não conheciam bem seus direitos de deveres. Demo-nos conta de que não conheciam a legislação. Resolvemos então multiplicar os documentos legais para lhes dar consciência - podem fazer a greve, mas devem saber o que estão fazendo.

Nenhum comentário: