
Alba Sgariglia fala sobre um argumento tratado por Emmaus no encontro com os delegados regionais, "O hoje do Movimento dos Focolares", mas com relação especificamente ao Movimento Humanidade Nova e segundo o desígnio da sabedoria, e expõe alguns pontos para reflexão.
Emmaus disse que, hoje, sem Chiara, o maior desafio do Movimento dos Focolares é sermos uma coisa só, pois o carisma que Deus nos deu é coletivo. Se assim for, teremos Jesus em nosso meio, e estaremos no rumo certo. A própria Chiara não dava um passo sem confrontar na Unidade aquilo que intuía, por mais certa e justa que fosse sua inspiração.
Emmaus propôs termos no coração dois importantes aspectos: "conscientização e mobilização". Como uma criança que, num certo momento, encontra-se sem a mãe. Devemos compreender nossa verdadeira identidade, perante nós mesmos e para o mundo que nos circunda. Ter consciência de que somos um corpo. Isso porque o Ideal é de uma dialética trinitária, e deve-se ter muito cuidado para não nos restringirmos o Ideal segundo nossos critérios parciais. O próprio pensamento de Chiara, se analisado sob enfoques restritivos, pode parecer contraditório.
Segundo as palavras de Chiara ouvidas nesta manhã, o amor deve se tornar nossa categoria de pensamento, ou seja, devemos ser como Jesus. Este Ideal não é só meu, é para a humanidade. Assim, a partir de dentro, nossa vida se transforma e então transforma a sociedade, o mundo, porque nós estabelecemos relações novas. Isso porque vemos Jesus também nos outros e as relações com eles passam a ser trinitárias. Chiara fala, em seu escrito "Ressurreição de Roma": "vejo e descubro a minha mesma luz nos outros".
O fundamento de nosso pensamento é Jesus em nosso meio, que nos dá a luz, o amplificador de nossa consciência, capaz de extrair de nós o que temos de melhor. Sai do meio de nós aquele Jesus que nasceu e cresceu em nós, momento por momento. E quando levamos este Jesus para a humanidade, Ele se torna presente no meio do povo - é o ressuscitado entre nós.
Somos um "povo" e temos uma cultura própria. Por outro lado, temos entre nós especialistas desta nova cultura nos vários campos da atuação humana, para compreender com profundidade nossa posição no plano ético, político e diante das várias circunstâncias.
Nossa cultura é mais do que um conjunto de valores, é a "Arte de Amar". Diante do consumismo, por exemplo, propomos a cultura da partilha. Criamos uma pedagogia nova, uma arte nova, uma ciência nova, uma doutrina nova... Todos os nossos valores, pensamentos e ações estão em função do "que todos sejam um", que é o testamento de Jesus. É um modo de viver transformador. E nós temos que irradiar essa cultura nova.
E Humanidade Nova é o espaço mais adequado onde todo o Movimento dos Focolares pode manifestar este pensamento.
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