sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Lucia e Franco falam de Humanidade Nova


Humanidade Nova hoje, como o amor trinitário - como Jesus, se deve “se encarnar”, ou seja, infiltrar-se nas estruturas da sociedade. Toda nossa secretaria tentou fazer esta experimentação, para começar a extrair toda esta cultura encarnada. E procuramos fazer este trabalho com Jesus em nosso meio. Foi um passo em frente, mesmo com nossas limitações.

Chiara, em um escrito de 1946, depois da descoberta, da experiência concreta de “Deus Amor”, de forma bem didática, mostra que este Amor se manifesta nos diversos aspectos da vida humana. Reflete-se, por exemplo, na comunhão dos bens praticada por uma comunidade, como nos primeiros tempos do cristianismo. Depois, Foco inclui todos os outros aspectos da sociedade, economia, política, ciência... uma visão da humanidade no paraíso.
Chiara, com Foco, anteviu o Movimento dos Focolares em todas as suas nuances. Passo a passo inicia-se o Movimento Humanidade Nova.

O Amor comunitário, aberto à fraternidade universal, é a imagem de um Deus Uno e Trino, um Deus que é Amor. E esse amor recíproco deve ser levado a todos, como círculos concêntricos, que se alargam – inicia nas relações pessoais, alcança o trabalho, as instituições, os governos e os povos.

Deus amor nos fez descobrir filhos, deu-nos um desígnio único, que se realiza plenamente na reciprocidade, fruto de Jesus dentro de nós e de Jesus em nosso meio. Devemos ser sempre um instrumento para cada próximo que encontramos. Se cremos no amor de Deus por nós e pelo outro, cada um pode experimentar o paraíso que está em mim e no irmão.

Em seu escrito sobre a “Ressurreição de Roma”, Chiara vê e descobre a realidade verdadeira de si nos outros. Encontrando-me nos outros, e vendo Cristo no outro, componho uma célula viva de Cristo. Humanidade Nova é tipicamente comunitária. Lá onde não se faz esta experiência, cedo ou tarde, surgirá uma reação, na medida que vivermos na presença de Jesus em nosso meio. O amor experimentado na sociedade, no hospital, no mercado, em casa, na escola, numa fábrica... entre médico e paciente, entre aluno e professor... esse amor que se tornou social deixa atrás de si estruturas próprias.

No contato com a dor, no sofrimento, vemos mais longe; vemos mais e vemos melhor. Os navegantes esperavam a noite para se localizarem ao verem as estrelas. Jesus, com seu abandono, é a mais alta resposta ao amor de Deus. E se nós o amamos, temos a solução para todos os problemas. Humanidade Nova pode se tornar um instrumento desta alquimia divina, a ponto de criar uma cultura nova e estruturas novas. Emmaus contou a descoberta de um focolarino: via as cicatrizadas das feridas que fizeram sofrer. Depois, lembrou que em Jesus as cicatrizes não sumiram - são gloriosas marcas da dor, mas glorificadas na ressurreição. Assim, nossas cicatrizes da falta de unidade uma vez experimentada, mas depois superada, valorizam a unidade refeita. Uma mediação entre o céu e a terra, para que todos entendam Humanidade Nova em ação, em comportamento visível, digno de crédito para a humanidade. Cada ato de amor é universal, feito a um individuo, pela realidade do corpo místico, chega a todos, como nos vasos comunicantes. Com o nosso testemunho conseguiremos criar o efeito de um incêndio, capaz de atingir toda a sociedade. Incendiando com o amor de Deus.

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