Quando Chiara apresentou ao político e humanista Igino Giordani (conhecido como Foco), o conceito de “Jesus em meio”, e o recebeu na comunidade que se iniciava, ele redescobriu o cristianismo, e compreendeu que a vivência da caridade está em estreita relação com o corpo místico. Ele dizia que viver com Jesus em nosso meio é receber uma injeção de divino, que nos faz viver no paraíso. Vivendo assim a laicidade se torna fundamento da divindade no céu. As conseqüências sociais da vivência com Jesus em meio a nós é participar da vida de Deus. Todo o tecido social provém de Deus e retorna a Deus na vivência do amor recíproco - é uma relação teândrica.
Foco almejava a santidade. Mas, em um certo momento, Chiara disse-lhe que somente no paraíso ele seria o “santo” que Deus queria: “impregnarás o mundo inteiro do espírito da unidade e o terás quando abraçares Jesus Abandonado”. Naquela época Foco passava por provações espirituais e não via a profundidade do sentido de suas palavras – tanto que disse em 57: “quem me impele me encaminha ao crucificado”.
Foco, no auge de sua dor, disse a Marinella: “para quem conhece o Ideal há muito tempo ele é cada vez mais belo, cada vez mais belo...” E seu sofrimento oculto será seu companheiro por muito tempo.
“Jesus Abandonado” tornou-se o ápice da minha vida espiritual. A unidade, entendi, é estar em Deus. Uma alma perdendo-se em Deus, torna-se deus por participação, como uma gota do oceano”
Em 74, quando parte para o paraíso Mia, sua esposa, Foco passa a morar no Focolare, que o acolhe de braços abertos. É o início de um período especial. Chiara o acompanha de perto nos últimos dias de sua vida, e ouve dele as seguintes palavras: “passarei o paraíso agradecendo a Deus por me dares a ti”. “Lembre-se sempre: quando olhares as suas pegadas, encontrarás as minhas”.
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